"Existe aí algum remedinho para não-sentir? Existe alguma terapia, acupuntura, pedras, cores e aromas para me calar a alma e deixar mudo o pensamento? Quer saber? Existe. Existe e eu preciso. Preciso e não quero."




quarta-feira, 5 de maio de 2010

Eu quero morrer de amor e continuar assim, vivendo...

O amor é não saber. É 'emburrecer'. É esquecer todos os conselhos já dados, os erros já cometidos. O amor é não cumprir promessas como: Não vou mais me dedicar a ninguém. Amor é não ter passado. Amor é não ter futuro. Amor pode durar um segundo e se repetir a vida inteira. Amor é não fazer listas. Não saber contar, é criar um novo calendário. Amor é escrever e não entregar. Ainda guardo um caderno cheio de pequenos e grandes versos. Amor é praia no inverno, quase vazia. Ninguém está só quando ama. Há sempre uma lembrança na memória, o cheiro dele no vento, a lembrança da pele dele na mão, o abraço ao cumprimentar o outro que não é ele, quando fecho os olhos imagino que é. Amor é deitar e pegar no sono, desejando controlar o sonho. Amor é sorrir para fingir que entendeu. Amor é não entender. Não saber explicar, é ser e ponto. Amor é esquecer de tudo que se precisa lembrar e lembrar da única coisa que se precisa esquecer. Amor é virar a página e continuar a escrever. Amor é mudar a letra para se fazer entender. Amor é dizer não quando se quer dizer sim e dizer sim quando se precisa dizer não. Amor é inventar desculpas para continuar acreditando no outro quando ninguém mais acredita. Amor é continuar esperando mesmo sabendo que não se pode esperar mais nada dele. Amor é troca de olhares mais do que mãos dadas. O olho vê tudo como um conjunto, a mão só sente se eu quiser também. Amor é verão sem férias, não há descanso. O amor não cansa.
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Independentemente do resultado que foi: Náutico até morrer!

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